Album BR 1978 on Philips label
Jazz, Latin, Folk, World and (MPB, Samba, Folk, Batucada)
Série de Luxo Made in Brazil Música popular brasileira contemporânea - MPBC On the backcover: "Agilidade, criatividade e domínio rítmico fazem de Djalma Corrêa um dos mais vigorosos percussionistas da atualidade. Como bom mineiro, ele vem trabalhando devagar e sempre, ao longo dos anos, na construção de uma sólida carreira de instrumentista, baseada em pesquisa, estudo e muita garra. Djalma é possuidor de instrumentos, incluindo atabaques e tambores de todos os tipos e tamanhos, flautas de encantadores de serpentes, panelas e pinicos. Isto sem falar dos instrumentos que ele mesmo inventa e constrói. A característica mais marcante da Música Popular Brasileira sempre foi a riqueza rítmica. Injustamente relegada à condição de "cozinha", a percussão é aqui redimida pelas mãos de Djalma que sabe, como poucos, descobrir na polirritmia da vida seus silêncios e pulsações. O equilíbrio foi buscar nas verdes colinas de Ouro Preto, terra natal, onde alternava peraltices com cânticos de procissões e ensaiava as primeiras notas. Em Belo Horizonte, aprende bateria e alegra as festinhas da moçada com seus conjuntos de bossa nova. Aos 17 anos vai estudar Percussão e Composição nos seminários de Música da Universidade Federal da Bahia. Aí entra o tempero. Mistura o barroco mineiro ao dendê, pimenta e folhas da rica culinária baiana e aprofunda o gosto afro-brasileiro. Fica em Salvador até 76. Nestes 17 anos desenvolve intensas pesquisas nos terreiros de candomblé, e, de gravador em punho entrevista pais e mães-de-santo, aprende os toques rituais e surpreende o riquíssimo universo cultural que envolve a negra Bahia. Em 64 faz, juntamente com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, entre outros, o espetáculo "Nós, Por Exemplo", marco inicial na carreira artístico-musical de cada um. Paralelamente participa de diversos festivais de música erudita da época com suas composições de música eletrônica. Faz fotografia e trilhas sonoras para filme e teatro. Em 70 cria o grupo de música e dança BAIAFRO, com o qual grava um LP lançado no exterior - "Salomão - The Dave Pike Set and Grupo Baiafro in Bahia"", e faz tournées e apresentações em todo país, sob o patrocínio do Instituto Cultural Brasil-Alemanha. Em 75 Djalma participa como convidado especial dos espetáculos que o guitarrista alemão Volker Kriegel e a Mild Maniac Orchestra fazem no Brasil. Em 76 reencontra, já no Rio, os quatro baianos e juntos voltam ao palco no show "Os Doces Bárbaros". Em novembro do mesmo ano vai com Maria Bethânia à Itália para o espetáculo de reabertura do Teatro Sistina. Em 77 produz o LP "Candomblé", selo PHILIPS e participa com Gilberto Gil do Festival de Arte e Cultura Negra, em Lagos, Nigéria, tocando também com este no "show" e LP "Refavela". Djalma Corrêa é o responsável pela execução do Projeto PHONOGRAM de Pesquisa e Documentação do Folclore do Brasil, realizado de 73 a 75, em todo território nacional e que reúne em fita, filme e fotografia as manifestações mais características de nossa cultura. Falar em Djalma é falar de um músico múltiplo, sanguíneo, Mago do Som, "bruxo" da polirritmia criadora e transformadora da raça brasileira." "HOMENAGEM A UM ÍNDIO CONHECIDO" - evidencia a musicalidade da prosa e canto de um dialeto do tronco linguístico Gê. A recriação do clima natural é obtida através de pios, flautas e pequenos tambores nativos. Este índio foi encontrado há alguns anos atrás nas ruas de Salvador. "SAMBA DE RODA NA CAPOEIRA" - é uma maneira um pouco mais erudita de cantar o samba de roda e a capoeira, duas das manifestações populares mais autênticas da boa terra. Nos versos, uma alusão à repressão policial que a capoeira sofreu no passado, superada graças à malícia e manha da nossa gente. "BAIAFRO" - efetua a transfusão das matrizes africanas ao universo rítmico brasileiro. "SAMBA DE OUSADIA" - bate-papo bem humorado entre a cuíca do exímio instrumentista Neném e o tambor-falante (talking-drum) de Djalma. O diálogo evolui para um samba quente, da queles que na Bahia costuma-se chamar "de ousadia", com todos os ingredientes da sensualidade negra. "BANJILÓGRAFO" - é uma pequena caixa contendo teclas (semelhantes a uma máquina de escrever) sobrfe cordas finas. A linha melódica fica por conta do violão sertanejo de Sodré, baiano natural de Santo Amaro da Purificação. "OS 4 ELEMENTOS" - trabalho experimental que parte do som natural da Água/Terra/Ar/Fogo para ubi-lo à cantiga e ao toque ritual do Orixá correspondente. Como se sabe, as divindades do panteão afro-brasileiro representam na sua grande maioria, as forças elementares da natureza. "PIANO DE CUIA" (Kissange) - foi largamente utilizado pelos escravos no tempo do Brasil Colonial. O piano utilizado nesta gravação foi construído por Djalma que, nas suas pesquisas, encontrou alguns remanescentes deste instrumento entre descendentes africanos. "TUDO MADEIRA" - inclui grande variedade de instrumentos deste material, entre os quais o balafon, flauta marroquina, cabaças, tambores, blocos e pulseiras.
![]() | Djalma Correa perc, BR album by, written by, adapted by |
Djalma Correa |
Traditional |
No | Title | Artist | Composer | Duration |
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1 | Homenagem A Um ìndio Conhecido | Djalma Correa | Djalma Correa | 2:03 |
2 | Samba De Roda Na Capoeira | Djalma Correa | Traditional | 5:18 |
3 | Baiafro | Djalma Correa | Djalma Correa | 4:03 |
4 | Samba De Ousadia | Djalma Correa | Djalma Correa | 3:08 |
5 | Banjilógrafo | Djalma Correa | Djalma Correa | 3:10 |
6 | Os Quatros Elementos | Djalma Correa | ||
7 | Água/Oxum | Djalma Correa | 3:02 | |
8 | Terra Oxossi | Djalma Correa | 3:10 | |
9 | Ar/Yansã | Djalma Correa | 2:53 | |
10 | Fogo/Xangô | Djalma Correa | 3:04 | |
11 | Piano De Cuia | Djalma Correa | Djalma Correa | 2:30 |
12 | Tudo Madeira | Djalma Correa | Djalma Correa | 2:54 |