Album BR 1985 on 3M label
Rock and Blues (New Wave, Alternative Rock, Blues Rock)
Release: "Japão, Sec. XVI. Legendário marginal japonês, figura altamente subversiva, roubava dos ricos e distribuía aos pobres. Preso, foi condenado a ser fervido até a morte, em praça pública, juntamente com seu filho ainda impúbere. Para aliviar seu filho da morte lenta e dolorosa, ergueu-o nos braços e sustentou-o acima de sua cabeça. Goemon, suportou o calor do óleo que ia fervendo. Esperou até o limite, para só então, mergulhar o filho, pisoteando-o violentamente, dando-lhe a morte instantânea. as autoridades da época, para calar a revolta popular, divulgaram que Goemon ante o insuportável medo da morte, usou seu filho como escada, na desesperada e covarde tentativa de proteger sua própria vida. Goemon Brasil: ...Meu rock, é a poética da realidade feia e agressiva... É pra dançar, ao som da crise, que faz a relação humana entrar em decomposição... Um marginal, ele próprio, produto híbrido de uma cultura milenar, com esta miscelânea euro-africana digerida com muita coca-cola. Um artista visceral, canta e assina as dez faixas de um LP dilacerante. Uma obra prima de reflexão do universo marginal, embalada por um som moderno, aliciante que desconcerta em sua contundência. Cercado de músicos monstruosamente competentes, abre um leque de ritmos - funk, blues, new-wave, soul - numa fusão genial. Algo novo! Pulsante e inteligente, que soa rock o tempo todo... Violento e viril. Claustrofóbico, polêmico - Goemon sugere insidioso em suas obras, um beco - sem? Com saída...Somente, através de uma revolução anárquica. em BELZEBÚ SATÃ TINHOSO, canta a analogia entre o cristianismo e a ditadura. A fugacidade e a inútil vaidade de falsos ídolos, em BOM GURU. A lute de classes na sociedade de consumo, no noólogo provocante de um assaltante estuprador eventual, em frente à um delegado, em EU SENTÍ O CÃO A intolerância e o preconceito em PAOLA, um travesti romântico. A incapacidade de comunicação homem-mulher, no drama de um cara que prefere amar uma boneca inflável, abordada com grande sutileza, em A BONECA DE MEU SONHO Parafraseando um ex-ministro da educação, faz um retrato dramático desta juventude-clone, criada pelo sistema, situando como vítima Mark Chapman, o algoz de John Lennon, num trocadilho no mínimo original, na lacunante O PROBLEMA É O LIXO, NÉ? A força e a arrogância do verdadeiro marginal, um bêbado que manda o mundo às favas, na sublime ADEUS VITRINE. E assim vai. Num desfilar de obras chapantes, emolduradas em inspiradas melodias, algumas de rara beleza. Sua poesia de linguajar raivoso e explícito aliado a um humor cáustico e cortante, resulta em uma poética sutil e brilhante em sua criatividade. Fere dogmas e valores falidos do sistema, sem usar o artifício de gracinhas pseudo-intelectuais, utilizando de extrema habilidade, os próprios cânones ditatoriais e fascistas que regem nossa sociedade. Dono de uma voz possante, domina um tipo de emissão incomum, que vem do baixo ventre, ora grave rascante, ora aguda ou gutural - Goemon destila seu inconformismo outsider, criando climas arrepiantes: de ódio, medo, ironia e paixão. Jamais o português soou assim no rock! Sonoro e fluente. que grande ironia...Goemon é um quase-sansei, filho de japonês com uma nissei. neto de uma nobre com um plebeu - por parte de pai e de um aristocrata falido e sonhador com uma grande batalhadora - por parte de mãe. espero ...o rock nacional jamais será o mesmo, após GOEMON "
No | Title | Artist | Composer | Duration | |
---|---|---|---|---|---|
1 | Cachaça, Rock E Banchá | Goemon | |||
2 | Eu Senti O Cão | Goemon | |||
3 | Paola | Goemon | |||
4 | Adeus Vitrines | Goemon | |||
5 | De Porrada Em Porrada | Goemon | |||
6 | O Problema é O Lixo, Né? | Goemon | |||
7 | Belzebu, Satã, Tinhoso | Goemon | |||
8 | Bom Guru | Goemon | |||
9 | A Boneca Do Meu Sonho | Goemon | |||
10 | Sacana's Blues | Goemon |
30sec audio samples provided by